Uso de cogumelos por grandes executivos e CEO's

Em um mundo corporativo que exige decisões rápidas, criatividade e empatia, os líderes estão buscando maneiras inovadoras de melhorar suas habilidades. Entre as tendências mais intrigantes está o uso de psicodélicos, como os cogumelos contendo psilocibina.

O que antes era associado a contraculturas agora está ganhando espaço entre CEOs e executivos de alto nível. A promessa? Maior autoconhecimento, desenvolvimento de empatia e um novo olhar sobre liderança. Este artigo explora como líderes estão utilizando esses métodos e os benefícios e riscos envolvidos.

Contexto empresarial

Os cogumelos psicodélicos contêm a substância ativa psilocibina, conhecida por promover conexões cerebrais inovadoras. Estudos com imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) mostram que a psilocibina aumenta a comunicação entre diferentes áreas do cérebro e desativa a chamada rede de modo padrão (Default Mode Network), responsável pelo senso de identidade e controle.

Essas mudanças têm o potencial de trazer insights profundos, romper padrões de pensamento limitantes e aumentar a criatividade. Não é à toa que o mercado de retiros psicodélicos para executivos está crescendo. Locais como Canadá, Jamaica, Costa Rica e Holanda oferecem experiências guiadas que prometem transformar não apenas carreiras, mas também perspectivas de vida.

De acordo com Peggy Van de Plassche, ex-diretora de grandes bancos canadenses, a psilocibina trouxe uma transformação significativa:

“Aprendi a ter uma melhor relação comigo mesma, o que me deu mais paciência com os outros no trabalho. Percebi que sem autoestima, você não pode ter relacionamentos incríveis.”
Peggy Van de Plassche

Benefícios relatados por executivos

Abaixo estão histórias de como a psilocibina transformou líderes e suas abordagens de gestão:

Peggy Van de Plassche:

Diretora de startups e grandes bancos no Canadá, Peggy experimentou uma “jornada” psicodélica em um retiro na Colúmbia Britânica. Durante a experiência, enfrentou sentimentos de autoaversão e ganhou insights sobre sua própria autoestima.

Resultado: Tornou-se uma líder mais empática, aprendendo a equilibrar firmeza com compaixão. Ela agora guia reuniões com mais suavidade, evitando confrontos desnecessários e promovendo um ambiente colaborativo.

Ashish Kothari (ex-McKinsey):

Kothari percebeu que seu perfeccionismo era motivado pelo medo de falhar. Em um retiro na Jamaica, ele vivenciou o que muitos chamam de “morte do ego”. Isso permitiu que ele relaxasse sua busca incessante por controle e se tornasse um líder mais acessível.

Hoje, ele organiza retiros psicodélicos para executivos em busca de autoconhecimento.

Jim MacPhee (ex-COO da Disney):

Após 42 anos na Disney, MacPhee usou a psilocibina para redefinir seu propósito na aposentadoria. Durante sua jornada, ele vivenciou uma conexão profunda com o mundo e percebeu a importância da atenção plena na liderança. “O maior desafio da liderança é a falta de foco e cuidado autêntico,” ele afirma.

Benefícios mais comuns relatados

Aumento de empatia e compreensão interpessoal.
Reflexões sobre valores e propósitos.
Quebra de padrões limitantes, promovendo inovação e criatividade.

Estudos

Aqui estão alguns estudos relevantes sobre os efeitos da psilocibina e outros psicodélicos:

Psilocibina para Tratamento da Depressão Resistente ao Tratamento – Carhart-Harris et al., 2021
Este estudo randomizado demonstrou que a psilocibina, administrada em um ambiente terapêutico controlado, pode reduzir significativamente os sintomas de depressão resistente ao tratamento.

Efeitos da Psilocibina na Conectividade Cerebral – Tagliazucchi et al., 2016
Usando técnicas de imagem funcional, pesquisadores mostraram que a psilocibina aumenta a comunicação entre diferentes regiões cerebrais, promovendo uma maior flexibilidade cognitiva e redução de padrões de pensamento rígidos.

Psicodélicos e Desenvolvimento de Liderança – Griffiths et al., 2018
Um estudo exploratório revelou que experiências com psilocibina em ambientes controlados podem fomentar empatia, autocompaixão e maior senso de propósito, características fundamentais para líderes eficazes.

Cogumelos nootrópicos seguros

Se você está interessado em melhorar sua saúde cognitiva, mas prefere evitar cogumelos psicodélicos devido a questões de segurança e legalidade, há opções seguras e bem estudadas que podem trazer benefícios significativos ao cérebro e ao corpo. Aqui está uma lista comentada de cogumelos adaptógenos e funcionais:

Lion’s Mane (Hericium erinaceus): Benefícios esperados: Promove a saúde neuronal ao estimular a produção do Fator de Crescimento Neural (NGF), essencial para memória, aprendizado e regeneração de células cerebrais. Também pode ajudar a reduzir sintomas de ansiedade e depressão.

Chaga (Inonotus obliquus): Rico em antioxidantes, o Chaga ajuda a combater o estresse oxidativo, que pode danificar as células cerebrais e prejudicar a memória. Também apoia o sistema imunológico.

Cordyceps militaris: Benefícios esperados: Aumenta os níveis de energia e resistência física, melhorando a oxigenação celular. Isso pode contribuir para maior clareza mental e foco durante atividades exigentes.

Cordyceps sinensis: Promove a vitalidade e resistência física, sendo útil para quem deseja otimizar a performance mental em conjunto com a atividade física.

Reishi (Ganoderma lucidum): Conhecido como o “cogumelo da imortalidade”, o Reishi reduz o estresse, promove relaxamento e melhora a qualidade do sono. Um sono reparador é crucial para memória e concentração.

Maitake (Grifola frondosa): Regula os níveis de glicose no sangue, o que ajuda a evitar picos de energia e cansaço mental. Também suporta o sistema imunológico e a saúde cardiovascular.

Ostra (Pleurotus ostreatus): Rico em vitaminas do complexo B e antioxidantes, o cogumelo Ostra ajuda a proteger as células cerebrais contra danos e promove uma função cognitiva estável.

No Brasil

No Brasil, o uso de substâncias psicodélicas está em um momento de transição entre o estigma e a busca por aplicações terapêuticas. O consumo de psilocibina ainda seja ilegal.

O interesse corporativo por psicodélicos como ferramenta de autoconhecimento ainda é incipiente no país, mas cresce entre líderes e empreendedores que buscam alternativas inovadoras para desenvolvimento pessoal e profissional.

Riscos

Apesar dos benefícios relatados, o uso de psilocibina não é isento de riscos. Como qualquer substância que altera a química cerebral, os psicodélicos requerem um uso cuidadoso e orientado.

Riscos a curto prazo:

Ansiedade extrema ou paranoia: Durante a experiência, algumas pessoas podem enfrentar sensações intensas que geram desconforto emocional.
Alucinações descontroladas: Se não forem bem conduzidas, as visões podem ser angustiantes.
Episódios psicóticos: Embora raros, podem ocorrer em pessoas predispostas ou em ambientes não seguros.

Exemplo real: O caso do piloto da Alaska Airlines, que relatou ter consumido psilocibina dois dias antes de um incidente grave, destaca como a substância pode afetar a mente em situações de vulnerabilidade física ou emocional.

Cuidados recomendados:

Consultar um médico ou psiquiatra antes de considerar qualquer experiência com psilocibina.
Evitar o uso em combinação com medicamentos incompatíveis.
Participar de sessões em ambientes controlados e com profissionais experientes, como em retiros regulamentados.

Evolução dos psicodélicos no bem-estar corporativo

A psilocibina está se tornando um tema central em debates sobre saúde mental e desempenho no trabalho. Nos últimos anos, as práticas psicodélicas têm sido cada vez mais integradas em programas de desenvolvimento de liderança.

Tendências atuais:

Retiros especializados: Empresas como Journeymen Collective e Beckley Retreats oferecem programas completos que incluem coaching antes e depois das sessões de psilocibina.
Mercado em expansão: O setor de desenvolvimento de liderança, avaliado em US$ 81 bilhões, deve crescer para US$ 217 bilhões até 2034, impulsionado por práticas inovadoras como os psicodélicos.

Mudança cultural: A psilocibina está se afastando da imagem de “droga recreativa” e ganhando espaço como ferramenta terapêutica e de autoconhecimento, com o apoio de investidores como Peter Thiel.

Veredito PlexNutri

Os relatos apresentados mostram que os psicodélicos, quando utilizados de forma segura e responsável, têm o potencial de revolucionar não apenas a saúde mental, mas também a maneira como líderes interagem e gerenciam suas equipes.

Dicas finais para líderes interessados:

Explore alternativas antes de considerar psicodélicos, como meditação, coaching ou mindfulness.
Lembre-se de que o autoconhecimento é uma jornada contínua e que os psicodélicos não substituem práticas diárias de bem-estar e reflexão.

Na PlexNutri, acreditamos que o futuro da liderança está no equilíbrio entre ciência, inovação e responsabilidade. Seja com psilocibina ou outros métodos, o autoconhecimento deve sempre vir acompanhado de respeito ao próprio corpo e mente.

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